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domingo, 23 de outubro de 2011

CABARET estrelado por Cláudia Raia estreia em 28 de outubro no Procópio Ferreira




Encenado pela primeira vez há exatos 45 anos, a partir do livro de Christopher Isherwood, com música de John Kander e letras de Fred Ebb, ‘Cabaret’ se tornou um dos musicais de maior sucesso de todos os tempos – não só por sua poderosa equipe de criação, mas também por ter sido uma das mais felizes transposições já realizadas do palco para as telas. Se a montagem de Harold Prince para a Broadway conquistou oito prêmios Tony, o filme de Bob Fosse não ficou atrás: levou o mesmo número de estatuetas no Oscar e, de quebra, consagrouLiza Minnelli no papel da cantora Sally Bowles.
Interpretar a personagem sempre foi um sonho acalentado por Claudia Raia, que agora terá a oportunidade de finalmente realizá-lo: ela é a estrela da montagem que entra em cartaz a partir do dia 28 de outubro, no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, com versão brasileira de Miguel Falabella e direção de José Possi Neto.


Dono de larga experiência na viabilização de dezenas de musicais, como os recentes A Gaiola das Loucas e Hairspray, Sandro Chaim é parceiro de Claudia na empreitada e assina a produção geral de Cabaret, cujos créditos incluem ainda direção musical e vocal do maestro Marconi Araújo, coreografia de Alonso Barros, cenários de Chris Aizner e Renato Theobaldo, figurinos de Fábio Namatame e iluminação de Paulo César Medeiros. Sob o comando de Possi, eles preparam o ambiente para receber o elenco de 21 atores e uma orquestra de 14 músicos, regida em cena pela maestrina Beatriz de Luca.
“Estou cercada de profissionais fantásticos que admiro muito. O Chaim é muito corajoso, vai atrás daquilo que quer fazer. Sempre quis trabalhar com o Possi, que tem uma sofisticação, um bom gosto e um conhecimento da linguagem dos musicais como poucos. O Alonso eu conheço desde o começo da minha carreira, em A Chorus Line, e é um dos melhores profissionais com quem já trabalhei. Os arranjos e o trabalho de vocalização feitos pelo Marconi estão impecáveis”, desmancha-se a atriz.
Ela nunca cogitou outro nome que não o do ator, produtor, dramaturgo e grande amigo Miguel Falabella para fazer a versão das músicas e do texto. “Tinha certeza de que seria o Miguel. Nós temos um amor comum por este musical e dentre todas as adaptações maravilhosas dele, esta é a melhor”, garante.
“A Claudia vai fazer uma Sally mais madura, sofrida, sem os arroubos da juventude. Uma mulher que não tem tanto tempo assim pela frente”, adianta Falabella. “Ela é extremamente paradoxal. É adorável, mas ao mesmo tempo também é alcoólatra e histérica. Fora dos holofotes, a vida dela é um desastre absoluto e ela precisa usar de suas artimanhas para sobreviver. Ela não é bipolar, é tripolar”, completa a atriz.
Ambientada no Kit Kat Club, uma decadente casa noturna em Berlim, em 1931, a trama gira em torno do relacionamento da inglesa Sally com o escritor americano Cliff Bradshaw, encarnado pelo jovem ator Guilherme Magon, de apenas 25 anos. Paralelamente ao romance entre os personagens principais há ainda a relação entre uma alemã tolerante, Fräulein Schneider (vivida pela atriz Liane Maya, que participou do musical Gypsy), e um judeu, Herr Schultz (Marcos Tumura, protagonista de diversos musicais, entre eles Les Miserables e Miss Saigon). O Mestre de Cerimônias, vivido na telona e no musical da Broadway pelo ator Joel Grey, cujas incontestáveis atuações o levaram a receber duplamente o Tony e o Oscar, o papel agora será representado por Jarbas Homem de Mello, um nome recorrente nos musicais produzidos nos últimos dez anos.


A primeira e única produção nacional do musical foi realizada em 1989. Claudia foi convidada na ocasião pelo diretor Jorge Takla para interpretar a protagonista, mas se viu obrigada a declinar por estar comprometida com uma novela. A vaga terminou ocupada por Beth Goulart e o Mestre de Cerimônias foi vivido por Diogo Vilela. Desde então, interpretar Sally Bowles virou uma espécie de obsessão para ela.
“Dizem que os personagens também caçam seus intérpretes. Foram anos de perseguição recíproca e algumas oportunidades se desenharam, mas os direitos estavam sempre com alguém. No ano passado, quando eles foram liberados, eu e o Sandro Chaim corremos para adquiri-los”, lembra Claudia.


Ficha técnica:
Texto: Joe Masteroff
Músicas: John Kander
Letras: Fred Ebb
Versão Brasileira: Miguel Falabella
Direção de Coreografia: Alonso Barros
Direção Musical e Vocal: Marconi Araújo
Direção Geral: José Possi Neto
Produção Geral: Sandro Chaim

Elenco: Claudia Raia como Sally Bowles e Jarbas Homem de Melo como MC. Guilherme Magon, Julio Mancini, Katia Barros, Marcos Tumura e Liane Maya, Alberto Goya, Alessandra Dimitriou, Carol Costa, Daniel Monteiro, Fabiane Bang, Hellen de Castro, Keka Santos, Leo Wagner, Luana Zenun, Luciana Milano, Marcelo Vasquez, Mateus Ribeiro, Rodrigo Negrini e Tomas Quaresma.

Cenário: Chris Aizner e Nilton Aizner
Cenógrafos Associados: Renato Theoblado e Roberto Rolnik
Figurino: Fábio Namatame
Iluminação: Paulo César Medeiros
Design de Som: Tocko Michelazzo
Visagismo: Henrique Mello e Robin Garcia
Programação Visual: Fuego
Realização: COART, Raia Produções e Chaim Produções

Estreia: 28 de outubro (sexta-feira), às 21h30
Local: Teatro Procópio Ferreira (Rua Augusta, 2.823)

O musical, segundo reportagem da Istoé, irá viajar o país ao final de suas temporadas no Rio de Janeiro e São Paulo.


Horários:
Quinta-feira: às 21h
Sexta-feira: às 21h30
Sábado (duas sessões): às 18h e às 21h30
Domingo: às 18h
Ingressos: de R$ 40,00 a R$ 200,00
Ingressos por telefone: 4003-1212 ou pelo site: www.ingressorapido.com.br
Bilheteria: Terça a quinta das 14h às 19h, sexta a domingo das 14h até o início do espetáculo
Estacionamento conveniado: MultiPark- R. Augusta, 2673 (R$10,00) período de 4h. Retirada do selo do estacionamento na bilheteria.
Informações: (11) 3083-4475
Censura: 14 anos
Capacidade: 600 lugares
Duração: 2h30

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