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domingo, 25 de abril de 2010

[V>TV] Entrevista - Jonathan Groff, novo astro de GLEE


Glee voltou e uma de suas novidades é o astro da Broadway Jonathan Groff, no papel de Jesse St. James, astro do coral Vocal Adrenaline, adversário do Glee. Groff cocedeu uma breve entrevista ao site Glee Brasil, confira:

Como você conseguiu o papel de Jesse St. James?
Bom, na verdade, há dois anos, mais ou menos, eu fiz um piloto de televisão chamado Pretty/Handsome (Lindo/Bonito) para o canal FX com o Ryan Murphy, que foi criado e dirigido por ele, mas nunca foi escolhido pra ir ao ar. E foi assim que eu o conheci — eu estava fazendo Spring Awakening na Broadway aquela época — e eu saí do show pra fazer o piloto e conheci Ryan, trabalhei com ele, e um ano e meio depois, ele criou essa série de TV chamada Glee. Ele conhecia meu trabalho de Spring Awakening e também por eu ter feito o piloto com ele, e ele disse que se a série desse certo e mais episódios fossem pedidos, ele criaria um personagem para mim. E então ele criou Jesse St. James.

Então você nem teve que passar por uma seleção, ou coisa do tipo?
Não, o papel foi escrito pra mim, não tive que fazer nada disso.

Você tem uma história de experiência na Broadway. Como tem sido essa transição para a televisão?
Tem sido bastante interessante. É uma coisa completamente diferente, eu tenho meio que comparado os dois como se fossem corrida a longa e curta distância, porque, no teatro, você atua no show 8 vezes por semana, e cada um tem que estabelecer seu ritmo pra conseguir fazer todos os shows direito; você tem que saber quando o momento certo de recuar um pouco e conservar sua energia, pra depois, quando chegar a hora, poder dar tudo de si. E na televisão, você faz a cena uma vez, sem ensaio, e cada um de nós teve um dia – ou meio dia – pra trabalhar sozinho em cima dessa cena; então é muito intenso, é rápido, requer alta concentração e interpretação. É praticamente a mesma coisa, mas os ambientes são tão diferentes um do outro que você tem que adaptar seu jeito de trabalhar em cada um deles. Mas tem sido um grande aprendizado.

E você acha que tem uma preferência entre trabalhar na Broadway ou na televisão?
Pra mim, atuar é atuar. Enquanto o papel for bom, o diretor for bom e o elenco for maravilhoso, é divertido fazer isso em qualquer meio que seja; contanto que você realmente ame o seu trabalho. Eu adorei trabalhar no teatro e amei todos os projetos com os quais eu tive chance de trabalhar, e eu realmente, de verdade, amei ter trabalhado nessa série e ter tido a oportunidade de fazer parte de um projeto tão incrível e cheio de pessoas admiráveis. É, acho que eu não tenho nenhuma preferência.

E como tem sido trabalhar sua grande amiga Lea Michele novamente?
Não consigo descrever fielmente com palavras. Tem sido muito muito bom, eu poder cantar e dançar com a minha melhor amiga… E não só isso, é eu poder trabalhar com ela, e ter todos aqueles momentos deliciosos e divertidos que envolve a nossa amizade, e, além disso, poder trabalhar com uma colega que eu respeito e admiro muito como artista. Quando você é ator, músico, atleta, ou seja lá o que for, você gosta de desafios; e, portanto, gosta de trabalhar com pessoas que fazem você se esforçar pra ser melhor, por serem uma inspiração pra você. E a Lea é, por acaso, uma dessas pessoas pra mim, que eu sempre admirei e que sempre foi uma inspiração pra eu me tornar melhor. Então, pra mim, de qualquer jeito, é maravilhoso trabalhar com ela, porque eu a amo como atriz, como cantora e como artista, e também a amo como pessoa. E nós temos uma história juntos, então o trabalho se torna muito mais confortável, pelos tantos anos que nos conhecemos e trabalhamos juntos.

Com certeza. Você acha que há entre vocês um incentivo para se tornarem melhores atores, melhores artistas?
Sim, definitivamente. Estávamos ensaiando um número de dança, uns meses atrás, que envolvia uns saltos, uns saltos enormes e doidos. E os dois diziam “Realmente não sei se estaria confortável fazendo isso com qualquer outra pessoa.” O que acontece é que quando você realmente se sente confortável com alguém, você consegue sair daquela zona de conforto (em que se sentir confortável é a única coisa com a qual você se preocupa), e se concentrar ao máximo no que está fazendo de fato, isso porque você confia cegamente no outro. Então, sim, nós definitivamente nos incentivamos para sermos melhores.

Seguindo essa linha de pensamento, como tem sido interpretar seu par romântico?
Tem sido gostoso. (risos) Sabe, nós já praticamos tantas vezes o ‘apaixonar’, que é muito divertido nos apaixonar como dois personagens diferentes. Antes de trabalharmos juntos, nós assistíamos a série juntos. Eu fui ao apartamento dela terça-feira à noite pra assistir à nossa estréia depois que saímos do trabalho. E nós estávamos assistindo nossa primeira cena juntos, na biblioteca – e eu já tinha visto esse episódio, mas não com ela. Nós não tínhamos assistido nada nosso juntos. E nós ríamos tanto, mas tanto, porque dizíamos “Nós não somos assim, de jeito nenhum.” É muito estranho assistir esses dois personagens na TV, porque a gente se mata de rir.

Que engraçado! Jesse St. James é um mistério agora. Ele é aparentemente verdadeiro, até entra para o New Directions (Novas Direções). Mas você acha que suas intenções são realmente verdadeiras?
Eu acho que suas intenções são complicadas. No final do primeiro episódio, ele está no palco com Lea e diz “Eu sou pra valer, eu me importo com você de verdade”, mantendo isso como um segredo entre eles. E aí acontece o beijo, mas ele fica olhando para Idina enquanto beija Rachel. Tem alguma coisa muito estranha aí.

Verdade. Você era fã de Glee antes de começar a trabalhar na série? Você já assistiu algum episódio antes disso?
Assisti, claro. Devido a meu relacionamento com o Ryan, devido ao meu relacionamento com a Lea. E também porque acho que qualquer pessoa envolvida com teatro e música iria amar essa série, só por dar uma nova cara para aquele mundo. E eu venho torcendo muito pelo sucesso da série, pelo Ryan, pela Lea, pela mensagem que a série passa para crianças e adolescentes, por tudo que essa série tem feito pelos musicais, peças de teatro e tudo mais. Então, claro que eu assisto desde o começo e, inclusive, dou meu apoio total a eles.

Ah, que bom. E vai haver mais alguma briga entre Finn e Jesse, competindo pelo amor de Rachel, talvez?
(risos) Você vai ter que esperar pra ver! Eu desafio o Finn para competir cantando em um estacionamento, no próximo episódio.

O que você espera de Jesse daqui pra frente?
Acho que quero vê-lo se explicar um pouco, sabe? Quero descobrir o que ele quer de verdade, o que está acontecendo com ele, o que foi aquele olhar para Idina… Quero descobrir se ele está, de fato, apaixonado pela Rachel, ou se só está brincando com ela. Quero saber também se ele e Rachel vão poder trabalhar juntos, porque eu gostaria.

Entendi. E você pode nos dizer se haverá futuros duetos com você e a Lea ou você e outra pessoa do elenco?
Ah sim, o que eu posso te dizer é que tem muita cantoria vindo por aí.

Glee tem tido uns convidados famosos maravilhosos. E você tem trabalhado bastante com a Idina. Como tem sido isso para você?
Eu conheci a Idina em Wicked (um musical que conta a história das Bruxas de Oz), ainda quando estava no colegial. Nossa, mas ela estava incrível. E eu ainda consegui pegar um autógrafo dela na porta de entrada do meu espetáculo. Eu sou muito fã dela. Quando Lea e eu estávamos fazendo Spring Awakening, às vezes encontrávamos com ela nas aulas de yoga, e começamos a ficar amigos. Aí ela começou a ir, com o Taye, ver nosso show e tal, e a nossa amizade se tornou uma coisa diferente. Em Nova York, você passa de fã para amigo muito rápido e de uma maneira meio estranha, na verdade. E agora eu tenho a oportunidade de trabalhar junto com ela, nas mesmas cenas inclusive. Tem sido ótimo. Ela é demais, muito divertida, muito meiga… tem sido muito bom mesmo. Parece sonho. Pra mim, pelo menos, é um sonho poder pegar um autógrafo com um ídolo, na porta de entrada do meu espetáculo, e ainda poder trabalhar com essa pessoa. Muito legal.

Eu sei que você não pode contar muito pra não estragar a magia, mas eu queria saber um pouco mais sobre o processo de criação da série. Como uma idéia de música passa a ser uma coreografia ensaiada, e daí de um estúdio de gravação para o que nós vemos na TV? Como funciona todo esse processo pra você?
É um processo bem complicado nessa série, e tem que ser. Porque tem muita coisa envolvida em um episódio só, muito mais do que em uma série normal, principalmente – como você disse – por causa de todo o cantar e dançar. Então, o que acontece: primeiro a gente pega o roteiro, vê as músicas que vai ter que cantar; aí o Ryan, o Brad e o Ian escrevem o roteiro de novo sem as músicas. Logo depois, a gente recebe um email com versões demo das nossas músicas. E temos que aprendê-las sozinhos, em nossos computadores, fazendo os downloads para aprender pra valer. Só depois disso é que vamos para o estúdio e gravamos. Tudo isso acontece em mais ou menos uma semana, uma semana e meia antes do começo das filmagens. Depois, se há uma coreografia, você passa dois ou três dias com o coreógrafo e quem quer que esteja nessa performance, aprendendo os passos, e aí filmamos. As filmagens acontecem em um dia. Então é bastante coisa se você tem mais que uma música em um episódio. Você grava muito, dança muito, atua muito, e além disso tudo, ainda tem que provar todas as roupas que vai usar nas cenas e ensaiar as cenas que se encaixam no meio das performances. E você também tem que ensaiar as cenas mesmo, sem músicas no meio, nem nada. É uma agenda corrida, muitas pessoas são necessárias para coordenar tudo isso. As pessoas responsáveis pela música gravam as versões demo e pensam na harmonia, na organização de cada música com outra. Depois entram os coreógrafos, Zach e Brooke, pensando em quais passos se encaixam melhor em cada música, de acordo com o ritmo de cada uma delas. Há também as pessoas encarregadas de organizar os horários dos ensaios de cada coreografia, que ligam pra cada um do elenco avisando. É muita coisa.

Com toda certeza. E quando você vai para o estúdio, você grava sozinho ou com o elenco? Como funciona essa parte?
Bom, é engraçado porque quando nós gravamos o álbum de Spring Awakening — normalmente, quando se grava um álbum de um show da Broadway, você passa uma média de 20 horas gravando direto, todo o elenco fica junto com a orquestra e você canta durante a música inteira, é uma coisa doida. É tudo em um dia. Mas com Spring Awakening foi diferente, uma porque o Duncan (o compositor do show) tem, ou tinha, um estúdio no apartamento dele. E ele queria gravar o show como se fosse um álbum pop. Então nós (do elenco) nunca ficávamos juntos no mesmo cômodo. Todo mundo ficava separado por umas cinco ou seis horas e gravava suas faixas; e depois ele editava e colocava tudo junto. E eu acho que assim que é feito no mundo pop. E é assim também que nós fazemos em Glee. A orquestra até grava em um dia separado. E cada ator do elenco grava, individualmente, por várias horas, orientado pelo Adam e pelo Ryan, pelos dois caras responsáveis pela música, que também ajudam…

Que interessante. Quando vocês fizeram o dueto, gravaram a música separadamente então?
Sim, quando eu e a Lea gravamos Hello, acho que eu gravei primeiro e algumas horas depois, ela gravou.

E foi difícil pra você se adaptar ao playback?
Foi e não foi. Tem um outro coach na hora da cena, que ajuda você a sincronizar a respiração, o ritmo, na hora de cantar com a música já gravada. Mas todo mundo canta pra valer, mesmo com playback, porque, na TV, as pessoas precisam ver a veia no seu pescoço saltando enquanto você canta e precisam ver você tomando fôlego. Não dá pra simplesmente fingir que está cantando; você tem que cantar mesmo. E por isso não foi tão difícil quanto eu pensava, porque eu canto normalmente na série; só de vez em quando eu erro a hora de tomar fôlego, fazendo isso num momento diferente do que tinha gravado, e aí fica feio na TV e tenho que corrigir. Mas são só essas pequenas coisas, que dificultam o playback, mas não deixam de ser desafiadoras .

Eu sei que você não pode falar muito, mas se baseando no que já foi filmado, você acha que o Jesse vai voltar na 2ª temporada?
Não sei. Eu realmente não sei. De verdade, não sei te dizer.

Não é que você esteja escondendo, você realmente não sabe (risos)
É, nós só começamos as gravações da 2ª temporada em julho, ainda está um pouco longe.

E você pode nos dar uma palhinha do que acontece com seu personagem nesses últimos 9 episódios?
O que eu posso dizer é que o fato de o Jesse e a Rachel estarem juntos cria mais e mais rixas em Glee, e muito mais drama vem por aí. (risos)

E você participou do episódio dedicado à Lady Gaga? Nós vamos te ver em um traje maluco?
Sim, sim, eu estive em um traje maluco estilo Lady Gaga alguns dias atrás (risos).

Você vai participar da turnê de shows que o elenco vai fazer? Você já sabe se vai?
Acho que não. Não tenho certeza, mas acho que não.

E você tem alguma previsão de cantar junto com a Lea em Nova York novamente?
Meu Deus, eu espero que sim. Talvez a gente faça alguma coisa no intervalo das gravações, mas ela está tão ocupada com esses eventos da imprensa e coisas do gênero que eu não posso dar certeza.

Claro. E depois de sua primeira aparição em Glee, você recebeu alguma resposta de fãs já dedicados ao seu personagem?
Eu recebi milhares de ligações, emails, mensagens de texto no meu celular, de praticamente todas as pessoas na minha vida, vindo me dizer “Ai, não acredito que te vi na TV.” Tem sido muito divertido, muito gostoso receber todo esse reconhecimento.

Fonte: Site Glee Brasil

3 comentários:

  1. Amei a matéria. Tô torcendo muito pela volta de Jesse na segunda temporada. Rachel e ele são lindos juntos mas, do que com Finn.

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  2. Os dois criam uma grande sintonia mesmo , adoro o Jonathan Groff e a Lea Michele , sou mesmo muito fãn deles

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  3. Essa foto é linda.....
    os dois sao muitos fofos juntos foram feito um pro outro...Torço pra vcs Jesse & Rachel

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