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terça-feira, 7 de setembro de 2010

[V>Teatro] Saulo Vasconcelos

Ele protagonizou "O Fantasma da Ópera", "Les Misérables", "A Bela e a Fera", "Aida", "As Travessuras do Barbeiro", "A Noviça Rebelde" e agora em "Cats" ele me deu um autógrafo. Brasiliense como nós (os editores do blog), não poderíamos deixar de falar que o maior ator de musicais do Brasil é de Brasília. A carreira de Saulo começou em 1997 e desde 1999 tem atuado em grades espetáculos. O mais incrível é que ele é um ator com um grande currículo mas muito humilde e simpático. Saulo Vasconcelos comemora 10 anos de carreira lançando seu CD Single, Pretty Words. No CD ele canta lindamente grandes músicas de grandes musicais. Visite o site oficial do artista: saulovasconcelos.com.
Seu próximo trabalho será em Mamma Mia!, em novembro no Teatro Abril- São Paulo.



Aos 33 anos, um dos mais bem-sucedidos ator de musicais no país, já foi visto por mais de 3 milhões de pessoas no Brasil e no México
O ator e baritenor (alcança notas agudas e graves) Saulo Vasconcelos, comemora um feito incomum para muitos artistas brasileiros. Interpretando o personagem principal da montagem brasileira de O Fantasma da Ópera, Saulo comemora mais de mil apresentações como protagonista deste musical que já recebeu milhares de pessoas em várias partes do mundo. As primeiras 400 apresentações aconteceram na Cidade do México, onde o ator estreou, 7 anos atrás, como o atormentado gênio da música que assombra a Ópera de Paris do século XIX. O feito do ator brasiliense, que esteve em cartaz por dois anos no palco do Teatro Abril, em São Paulo, ganha proporções ainda maiores quando somam-se às apresentações no papel de Fantasma, outras mil e cem sessões, mais uma vez divididas entre palcos no Brasil e México, onde desempenhou personagens em Les Misérables e A Bela e a Fera.
Quanto ao público que já o aplaudiu, o artista também tem muito o que festejar. Só no México, ele foi visto por mais de dois milhões de pessoas. No Brasil, já ultrapassou a casa do um milhão o número de pessoas de todo o país que já prestigiaram os musicais em que o ator esteve em cena.
Nas muitas e muitas noites em que pisou os palcos sob muita maquiagem e vestimentas pesadas, - no papel de Fera, em A Bela e a Fera, carregou 25 quilos de figurino em cada apresentação -, algumas são lembradas de maneira especial pelo ator. Caso da noite em que fez a última apresentação da temporada mexicana de Los Miserables e, junto com todo o elenco, recebeu aplausos por 19 minutos de uma platéia encantada. “As despedidas sempre são muito emocionantes. Na última apresentação de Les Misérables aqui no Brasil o público pedia em coro para ficarmos, ameaçando subir no palco”, conta o ator. Experiência tão inesquecível quanto a da última apresentação de A Bela e a Fera, também no Brasil, quando ao encerrar o primeiro ato, voltando para o camarim, Saulo foi surpreendido por toda a equipe, que o aplaudia. “O reconhecimento dos colegas, profissionais pelos quais tenho imenso respeito, foi muito importante para mim”, afirma Saulo.
Acostumado a longas temporadas, - na montagem mexicana de O Fantasma ficou um ano e um mês em cartaz -, Saulo segue uma rotina de muita disciplina para manter a forma.
O dia-a-dia exige do ator mais do que concentração ou ensaios e inclui na agenda de Saulo várias horas de academia por semana, exercícios aeróbicos, especialmente natação, e muito preparo antes de cada espetáculo.
Sem intenção de revelar seu destino com o final da temporada de O Fantasma da Ópera no mês de abril, Saulo garante que o período de férias será bastante curto. Mesmo ainda que incerta, a agenda do ator para 2007 já está comprometida com outros trabalhos que devem valorizar ainda mais o seu currículo.

Perfil – Das traquinagens no sertão do Cariri para a Bélgica
Natural de Brasília, 33 anos, Saulo Vasconcelos foi um garoto que dividia o tempo entre a paisagem urbana da cidade onde nasceu e foi criado, com longas temporadas de férias na fazenda Melancia, em Barra de São Miguel, no Interior da Paraíba, onde morava sua avó e de onde veio sua mãe, a administradora de empresas, Maria do Socorro. É das raízes nordestinas e da intensa convivência com a seca e degradação do local, - a propriedade foi vendida pela família "a preço de banana"-, que Saulo atribui sua obstinação e dedicação em vencer obstáculos.
Adolescente agitado, aos poucos foi encontrando na arte uma válvula de escape para toda a sua energia. Aluno-problema, escola ele só levava a sério nas aulas de educação artística. No tradicional Colégio Marista de Brasília fez suas primeiras incursões pelos palcos. Quando estava no segundo grau, escreveu e montou seu primeiro musical, que contava a história, com muito rock and roll e inspiração em Elvis Presley, de Marcelino Champagna, fundador da congregação. A peça foi eleita a melhor do festival da escola naquele ano.
Antes disso, porém, aos 13 anos, mesmo sem saber tocar nenhum instrumento, montou uma banda de rock com os amigos. Além de viver com um violão para cima e para baixo, também aprendeu bateria, mas acabou preferindo mesmo assumir o papel de vocalista do grupo, função que atraía a atenção de todas as garotas.
Já na faculdade, a paixão pela música levou Saulo a cantar em vários corais importantes da cidade, como o Coro Sinfônico da Universidade de Brasília e o do Coro Masculino de Brasília. Apresentando-se com esses grupos e vários outros, venceu vários prêmios num festival italiano e aos 20 anos já havia se apresentado no Carnegie Hall, de Nova York, nos Estados Unidos.
A vida universitária agitada inclui passagem pelos cursos de química, engenharia civil e economia, curso que abandonou para fazer o Fantasma na temporada mexicana.
Acompanhando o amigo e professor de canto Sandro Christopher, que veio a São Paulo para a produção do espetáculo Don Giovani, Saulo soube dos testes para o espetáculo Rent, um dos primeiros produzidos pela CIE Brasil, e decidiu arriscar. Recheou o currículo de musicais dos quais já teria encenado, mas que na verdade apenas conhecia muito bem e encarou a banca com segurança. Acabou chamando a atenção de um examinador em especial. Isaac Saul, que viria a ser diretor musical da montagem mexicana de O Fantasma, pediu que Saulo fizesse um trecho do musical. Recusado para o espetáculo Rent, Saulo recebeu uma ligação do produtor Moris Gilbert e uma semana depois estava a caminho da Bélgica, onde passou por um novo teste junto a uma banca internacional. Depois de procurar em cinco países pelo ator ideal para estrelar na Cidade do México, oito meses depois, Gilbert finalmente encontrou o profissional que acabaria com o título de Fantasma mais novo a encenar o papel. Aos 25 anos, Saulo começa uma nova fase da sua carreira. Daí para frente, atuou em outras grandes produções como Les Misérables (no Brasil e no México) e a Bela e a Fera.

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