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sexta-feira, 16 de julho de 2010

[V>Broadway/Download] Company


COMPANY, o mais intrigante musical sobre o casamento e a vida a dois já escrito, estreou no Alvin Theatre na Broadway em 26 de abril de 1970. Com música e letras de Stephen Sondheim e texto de George Furth, o espetáculo imediatamente dividiu o teatro musical em antes e depois de COMPANY, tal a quantidade de mudanças formais e estilísticas que trazia. Company ganhou sete prêmios Tony (o Oscar da Broadway), incluindo Melhor Texto de Musical, Melhor Música, Melhor Letra, e Melhor Diretor de Musical (Harold Prince), além do New York Drama Critics Circle Award como Melhor Musical.

Com elenco liderado por Dean Jones como Robert e tendo Elaine Stritch no papel de Joanne (escrito especialmente para ela por George Furth), o musical ficou em cartaz por 706 apresentações, tendo depois percorrido os Estados Unidos num grande tour de um ano. Produções internacionais incluem a montagem inglesa de 72, alemã de 73 e a produção australiana de 1986.

Em 95, COMPANY foi retomado com grande sucesso em Londres pela Donmar Warehouse, com direção de Sam Mendes; e também, no mesmo ano, foi encenado pelo Roundabout Theatre de Nova York, com enorme repercussão e várias indicações ao Tony daquele ano.
A produção brasileira de COMPANY foi autorizada por Music Theatre International e tomou como base o material revisado pelos autores para as produções de 95. Todos os arranjos e orquestrações originais de Jonathan Tunick estão sendo seguidos. No Brasil o musical já foi adaptado por Claudio Botelho com grande sucesso.

COMPANY era originalmente uma seleção de onze peças em um ato que George Furth havia escrito para a atriz Kim Stanley; algumas dessas peças falavam dos casamentos de alguns amigos de Furth do sul da California. Planejou-se uma montagem com direção de Anthony Perkins em 1968. Por falta de dinheiro, o projeto ficou arquivado. Em 69, em busca de algum conselho ou ajuda, Furth mostrou as peças a Stephen Sondheim. Este, por sua vez, levou os textos a Harold Prince, que sugeriu transformar tudo em um musical contemporâneo sobre o casamento, estruturando o espetáculo como uma espécie de revista e usando um pequeno elenco em uma série de papéis episódicos.

Furth, Sondheim e Prince começaram então o trabalho. O maior problema era decidir a forma a dar a tudo aquilo. Apenas duas das peças originais de Furth foram usadas. E foram adicionadas outras três. Decidiu-se que o foco seria a relação de Robert, um homem solteiro, com seus amigos (cinco casais) e suas três namoradas. Como tudo se daria numa série de vinhetas, sem uma linha de enredo muito forte, Sondheim decidiu não usar a tradicional estrutura musical no estilo Rodgers & Hammerstein, onde as canções falam dos sentimentos dos personagens e têm direta ligação com a história. Ao invés disso, ele escreveu canções que surgem inesperadamente e se desenvolvem como comentários do tema em questão. Nascia ali o chamado "Concept Musical".

O TERMO CONCEPT MUSICAL refere-se a um musical que não é construído por um enredo linear ou uma história exatamente forte. Depois que Show Boat apareceu em 1927, a maioria dos musicais de sucesso baseavam-se numa forte interação de personagens com uma história: o enredo seria desenhado no início do espetáculo e alguns acontecimentos levariam personagens e história para frente. As canções surgiriam da necessidade da história e ocasionalmente descreveriam sentimentos ou emoções dos personagens. Entre os diversos musicais que elevam este modelo à perfeição estão South Pacific, Guys And Dolls, The Music Man, e Damn Yankees. Rodgers e Hammerstein foram mestres nesta espécie de espetáculo.

Em um Concept Musical o enredo não é mais o elemento de unidade do espetáculo. O que norteia um musical como este pode ser a dança (por exemplo A Chorus Line), uma idéia (as diferentes faces de relações contemporâneas em COMPANY), ou ainda uma combinação de enredo e elementos de fora da história que comentam os personagens e a própria peça (como por exemplo em Cabaret). Um presságio do que viria a ser um Concept Musical é Love Life (1948), de Alan Jay Lerner e Kurt Weill. Tanto Love Life, como COMPANY ou Cabaret, são espetáculos que fazem a ponte entre a moderna dramaturgia musical americana com uma forma que havia sido praticamente abandonada depois dos anos 30: a revista. 



CD - 1995, Elenco da Broadway

CD- 2001, Elenco da Alemanha

company-karaoke
Karaoke Album


Company [Brazil]
Músicas da Versão Brasileira

Para ver o concerto musical inteiro clique abaixo.













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