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sexta-feira, 4 de junho de 2010

[V>Hollywood/Download] Intertexto - Metrópolis, 1927


Fritz Lang é o visionário diretor austríaco um dos responsaveis pelo clássico alemão Metrópolis, adaptação da obra literária de  Thea von Harbou. Um filme de 1927, portanto mudo, mas sua história é muito contemporânea, assustadoramente moderna. Com efeitos inovadores para a época, o filme se tornou referência em Ficção Científica. Muitos filmes atuais se aproveitam das ideias de Metrópolis.
A história acontece no século XXI, numa grande cidade governada autocraticamente por um poderoso empresário. Os seus colaboradores constituem a classe privilegiada, vivendo num jardim idílico, como Freder, único herdeiro do dirigente de Metropolis.
Os trabalhadores, ao contrário, são escravizados pelas máquinas, e condenados a viver e trabalhar em galerias no subsolo. Num meio de miséria entre os operários, uma jovem, Maria, destaca-se, exortando os trabalhadores a se organizarem para reivindicar seus direitos através de um escolhido que virá para os representar.
Através de cenas de forte expressão visual, com o recurso a efeitos especiais, algumas se tornaram clássicas, como a panorâmica da cidade com os seus veículos voadores e passagens suspensas. Alusões bíblicas, mistério, ação e romance, completam o leque que envolve o público e o mantém em suspense até ao final.
À época, Metropolis impressionou tanto Hitler que, quando ele chegou ao poder, solicitou ao Ministro Goebbels que abordasse Lang, convidando-o a fazer filmes para o partido nazista. Enquanto Thea Von Harbou, sua esposa à época, mergulhou no projeto, Lang evadiu-se para Paris, onde chegou a produzir filmes de conteúdo antinazista, viajando posteriormente para os Estados Unidos, país onde faleceu.
A obra demonstra uma preocupação crítica com a mecanização da vida industrial nos grandes centros urbanos, questionando a importância do sentimento humano, perdido no processo. Como pano de fundo, a valorização da cultura, expressa no filme através da tecnologia e, principalmente, da arquitetura. O ponto alto do filme é, sem dúvida, o final - onde a metáfora "O mediador entre a cabeça e as mãos deve ser o coração!" se concretiza no simbólico aperto de mão mediado por Freder entre Grot (líder dos trabalhores) e Jon Fredersen - o empresário.
A banda QUEEN tem no seu clipe "Radio Ga Ga" uma homenagem ao filme. Para quem já assistiu o filme o clipe se torna mais interessante. Madonna em "Express Yourself" também usa do intertexto para fazer o seu clipe. Aproveita-se até da linda metáfora do filme. Assitam aos ótimos clipes!



Um comentário:

  1. Cara eu simplesmente amei o teu blog!!!
    Amo musicais, e ele é uma fonte riquissima...

    Se vcs disponibilizasse download dos musicais, ae eu ia fazer uma estatua tua! KKKKKKK

    Abraços!

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